Já referi aqui no blog a minha esperança de que um dia a região de Bucelas possa fazer vinhos de classe mundial. Na verdade, sendo Portugal um país de tintos, os brancos podem fazer toda a diferença.
Bucelas é o terroir natural do Arinto e o Hugo Mendes "herdou" o legado de Nuno Cancela de Abreu na Quinta da Murta. Do Myrtus 2008 que referi aqui a este "clássico" 2012, muita coisa mudou. Passa-se do longo estágio em madeira para madeira de estágio que se nota e se deixa de notar, mas dá longevidade ao vinho, dá-lhe complexidade, sem o marcar.
O vinho aparece austero no nariz e na boca, seco, a pedir cave e a sugerir que só devia ser lançado para o mercado daqui a uns dois ou três anos.
Ainda assim, dá boa prova.
Austero e com estrutura de ferro, precisa de tempo para se mostrar. Um grande vinho...
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