Nesta trilogia número cento e cinquenta e um, propus à Ana e ao Luís a milionésima segunda receita feita com o chamado fiel amigo, o bacalhau.
Na verdade, o bacalhau salgado e seco, depois de devidamente demolhado, como gostamos dele em terras lusitanas, presta-se a múltiplas preparações, talvez às mil e uma publicadas e a outras quantas divididas entre variações pessoais, delírios de chefs e adaptações mais ou menos inteligentes, mais ou menos trapalhonas, mais ou menos inspiradas e por aí adiante.
A que escolhi até podia ser apelidada de milésima terceira, já que é uma variação duma preparação que apresentei aqui sobre a chamada roupa velha, o maldito prato com que muitas pessoas levam na ressaca do jantar da véspera do natal.
A base foi o chamado bacalhau cozido com todos, aqui só com batatas e couves (com uns ovinhos a acolitar). Depois de tudo cozido no ponto, limpei o bacalhau de peles e espinhas, lasquei-o e reservei. Parti as batatas e as couves em pedaços mais pequenos e envolvi tudo, juntamente com uns dentes de alho picados e uma boa quantidade de bom azeite. Deitei a mistura num tabuleiro e levei ao forno pré-aquecido a 100º C durante um quarto de hora. Retirei do forno, voltei a envolver e juntei os ovos descascados e cortados em quartos e umas azeitonas pretas descaroçadas a dar o toque final. Ficou uma meta roupa velha, de sabor ainda mais delicado do que a que linquei acima.
Supimpa :)
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