terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Faisão by me...

No outro dia ofereceram-me um faisão (chlép...).
Depois de mortificado, foi depenado e limpo de vísceras e cortado em quatro pedaços. No tacho de barro, deitei cebola roxa, alho esmagado, pimento, tomate, bacon em pedaços, sal, pimenta e vinho tinto. Juntei o faisão e deixei a marinar durante vinte e quatro horas. Pus o tacho na vitro na posição 2 (de 12) e deixei estufar muito lentamente. Para acompanhar cozi castanhas (daquelas congeladas e sem casca) em leite e fiz um puré. Quando o faisão estava estufado, retirei e reservei no forno. Passei a varinha no molho e deixei espessar. Servi o faisão com o molho, o puré de castanhas e umas folhas de alface temperadas apenas com flor de sal.
Claro que a delicadeza da carne de faisão exige um acompanhamento à altura. Escolhi um aristocrático Quinta de Foz de Arouce de 1995, um vinho com enorme potencial de guarda e que estava em muito boa forma,, ou seja à altura do Prato.







6 comentários:

  1. Faisão não consigo comer porque me fazem confusão todas as peças de caça. Parece-me uma boa forma de cozinhar 1 frango ou galinha...
    Podias explicar melhor o puré? Cozes as castanhas em leite e depois? Que temperos?
    Beijinhos.

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  2. Anna, a base de preparação é a do coq au vin com algumas adaptações e acho que é uma boa forma de preparar uma galinha. Quanto ao puré de castanhas, limitei-me a deixá-las cozer e juntei apenas um pouco de sal.

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  3. Tadinho do bichinho, tão lindinho :)
    Nunca provei! Esse puré deve ter ficado uma maravilha!

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  4. Ameixa, por acaso era bonito, mas o bom sabor suplantou em muito o bom aspecto. A carne é deliciosa. E o puré é muito fixe.

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  5. Magnífico de execução e de tudo o mais, principalmente se, como desconfio, foi dos semi-selvagens que se caçam e não dos fibrosos de aviário.

    Sugiro, no entanto, que dediques algum espaço à divulgação da tão desconhecida e mal-amada técnica da mortificação,que vejo que dominas bem, também aplicável com grande sucesso à galinha e ao galo, quando já são entradotes.

    Luís Pontes

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  6. Luís, efectivamente era de caça. Quanto à mortificação, em caça de pena, basta deixar o bicho pendurado pelo pescoço; quando cair está bom... na verdade, este mortificou dois dias e chegou. Com mais um dia afogado em vinho estava no ponto certo. Quanto às galinhas e galos velhos nunca experimentei. Claro que se usar esta forma de preparação, a carne deve ficar macia e sápida. Ainda assim, não chateia nada adaptar a forma de fazer a chanfana e levar ao forno em púcaro de barro preto. Já fiz muitas vezes e resulta muito bem.

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