Recentemente tive o grato privilégio de ir à Ribeira Sacra e de conhecer o Roberto Regal López, um dos mais inquietos enólogos da região. Não é fácil explicar a magia da Chantada, com pequenas parcelas de vinha em socalcos que fazem o Douro parecer uma planície e onde a Mencia (o nosso Jaen) impera.
Para provar os vinhos, organizei um jantar com amigos e sarrabulho à moda da Gandara, feito pelo meu pai e que ligou muito bem com os vinhos.
Para provar os vinhos, organizei um jantar com amigos e sarrabulho à moda da Gandara, feito pelo meu pai e que ligou muito bem com os vinhos.
A abrir e com algumas entradas, o Scintilla, um branco de 2016, muito novo, austero e a pedir guarda. Percebeu-se logo ali que estamos perante vinhos que precisam de tempo.
Os tintos, todos de 2015 pedem decanter...
Não tenho muita informação sobre os vinhos, por isso o critério foi ir abrindo dos mais baratos para os mais caros. Começámos com o Toalde. Não foi o vinho da noite, mas, para mim, foi o mais interessante com a comida. Antes dos Nenos da Ponte, provámos o ZE&RR-CSTL e o M&GR-MNO&PRX (os das mãos nos rótulos), ainda muito fechados (no dia seguinte estavam muito melhores). Passámos depois aos demoníacos Neno da Ponte (edições limitadas a 666 garrafas numeradas). Horta da Cal, A Raña e o Migueletas. Mais prontos a beber, brilharam porque a comida pedia vinhos sérios e cojunudos. O Migueletas encantou e os outros estiveram em muito bom nível. São vinhos sérios, bem feitos e com um denominador comum: o respeito pela terra e pela vinha, com intervenção mínima na adega. São vinhos a descobrir e estão já aqui ao lado...
(PVP entre os dez e os trinta euros)
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