terça-feira, 21 de junho de 2016

Papa Figos Branco 2015 e Bife de Atum




"Há um novo branco no Douro". É assim que a Casa Ferreirinha apresenta este Papa Figos 2015. "Elegante, clássico e simultaneamente moderno, é um vinho que representa não só o potencial da região, como a diversidade e a dinâmica de uma marca que se reinventa a cada vindima", como refere o Enólogo Luís Sottomayor. Feito no Douro Superior, é muito porreiro e com um PVP recomendado de € 6,49, merece prova atenta a acompanhar comida.

 
 
O vinho esteve muito bem com uns bifes de atum, com salada, batatas a murro e umas azeitonas. É fresco, nada chato, uma boa escolha para este verão. E daqui a um ano ou dois é capaz de estar ainda melhor. Gostei muito...
 
 
(vinho enviado pelo produtor)
 
 

terça-feira, 14 de junho de 2016

Vinhos num Almoço, apenas...

Quem sabe destas coisas de comida e vinhos e faz vida disso, sabe que as "harmonizações" (ou mariadagens, como gosto de dizer) entre a comida e o vinho são fundamentais para o sucesso de uma refeição ou de um restaurante (com ou sem estrelas dos pneus). Num modo caseiro, pode-se preparar qualquer coisa para comer e para ir acompanhando uns vinhos...
 
Neste almoço, comeu-se uma açorda de bacalhau e espargos selvagens, parecida com esta e depois um naco de cachaço de porco no forno.
 
 
A açorda...

 
Os vinhos não seguiram nenhum alinhamento traçado previamente, foram-se abrindo e provando:
 
  • Espumante Caves da Montanha Prestige Bruto; porreiro para welcome drink, simples, bem feito e barato (custa menos de cinco euros no Pingo Doce);
  • Quinta de Camarate branco 1999, da José Maria da Fonseca. Deixei nota de prova de um tinto aqui e devo dizer que este branco com quase dezasseis anos ainda está em muito boa forma;
  • Pequenos Rebentos Alvarinho e Trajadura Escolha 2014 é um vinho feito pelo Márcio Lopes, está muito novo ainda, mas bebe-se muito bem. Muito bom, é um vinho que vou provando há anos e nunca desilude (outra nota aqui);
  • Encostas do Enxoé 2008. Já tinha deixado nota de prova aqui e está aí para as curvas. Belo vinho, feito com o improvável Roupeiro (Síria, na Beira Interior, como este, feito pelo João Tavares de Pina);
  • Casa de Saima branco 1995. Um "monstro" da Bairrada com vinte anos e muita vida pela frente;
  • Messias Dão 1983 foi o vinho de passagem para os tintos. Alguma evolução inicial, melhorou muito no decanter (e os vinhos antigos podem "morrer" ou "renascer" quando saltam,  da garrafa). Notável para um vinho com quase a idade que cristo tinha quando "ressuscitou";
  • Torre de Tavares Jaen 2008. Normalmente esta casta surge em lote no Dão, mas o João Tavares de Pina vinificou-a a solo e fez um vinhão. Quase oito anos após a colheita, está excelente. Para babar, beber ou guardar mais uns anos;
  • Quinta do Ribeirinho 1ª Escolha 1996 foi feito com Baga e Touriga Nacional pelo Eng. Luís Pato e apresenta uma evolução notável. Outro "monstro" da Bairrada;
  • Quinta das Bágeiras Grande Reserva Espumante Bruto Natural 2011. Num ano de grandes vinhos, o Mário Sérgio Alves Nuno, "reservou" este, lançando 7.288 garrafas de um espumante de sonho. Curiosamente, tinha provado este vinho há dois anos (na altura, Super Reserva) no dia em que o Mário recebeu uma comenda e de que dei nota aqui;
  • Barbeito 1996. Um vinho da ilha da Madeira, feito de Tinta Negra e proveniente de uma só pipa. Em Abril de 2013 foi engarrafado (1.074 garrafas de meio litro). Um vinho de classe mundial...