segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Duorum 2014



 
Este vinho nasceu da parceria entre João Portugal Ramos e José Maria Soares Franco e teve a primeira edição na colheita de 2007. Desde então, afirmou-se como um dos melhores e mais versáteis vinhos tintos do Douro, na gama de preços a rondar os dez euros.
Este 2014 saiu há pouco tempo para o mercado e apesar de ainda estar muito jovem, já da prazer à mesa. Feito com 40% de Touriga Franca e outro tanto de Touriga Nacional, com a Tinta Roriz a completar o lote, tem boas notas de frutos vermelhos bem maduros, algum floral e algumas notas de mato e especiarias. Madeira no ponto e taninos suaves aliados a uma boa acidez, denotam que merece guarda (há pouco tempo provei o 2011 e estava em excelente forma).
 
É um vinho consensual, muito bem feito e a um preço simpático, perante a qualidade. Um valor seguro, com a vantagem de se encontrar à venda em garrafeiras, mas também na chamada moderna distribuição.
 
Acompanhei-o com um galo de capoeira feito no forno, no púcaro de barro preto e o vinho deu muito boa conta de si.

 
(vinho enviado pelo produtor)
 

Quinta da Serradinha Tinto 2010


 
Mais um vinho do António Marques da Cruz (depois do rosé que deixei aqui), um tinto com quase seis anos, feito com Baga (35%), Castelão (30%), Touriga Nacional (20%) e Alfrocheiro (15%), em Barreiros, perto de Leiria. Fermenta em balseiros abertos e estagia em madeira velha. Pelas castas, modo de vinificação e influência Atlântica, faz lembrar um Bairrada feito à moda antiga. Muito boa a articulação entre notas vegetais, frutos vermelhos e da madeira, muito boa acidez e uns taninos médios fazem adivinhar muitos anos pela frente. Tem apenas 12,5º de álcool e é um vinho obrigatório para qualquer enófilo. Gostei muito do vinho e ligou bem com uma feijoada.

 

Serradinha Rosé 2015



 
 Este é um vinho improvável, completamente fora do baralho, como diria o Sérgio, do Blog Contra-Rótulo. É feito perto de Leiria pelo António Marques da Cruz a partir de uvas de Castelão e em talha de barro.
O resultado é um vinho muito fresco, terroso, com apenas 11º de álcool e com uma excelente aptidão gastronómica. Diferente, marcante e imperdível. (mais informação aqui).

 
Acompanhou um lombo de bacalhau confitado, com batatas a murro, salada, uns espinafres salteados e umas azeitonas.