sexta-feira, 27 de julho de 2012

Pão de Azeitonas, Tomate Seco e Presunto

Depois do pão que meti aqui na semana passada, venho deixar outro. Feito com massa de pão da avó do Pingo Doce a que juntei azeitonas verdes e pretas descaroçadas e rodeladas, tomate seco grosseiramente picado, presunto e um fio de azeite. Servido ainda quente, é delicioso.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Salada de Pepino e Maçã com Hortelã Macerada em Vinagre

Nesta trilogia número noventa, coube-me a mim propor o tema à Ana e ao Luís. E como estamos no verão e temos pepinos de época, achei que seria boa proposta. E optei por fazer uma salada simples, de pepino e maçã refrescados com bom vinagre de vinho tinto onde maceraram umas folhas de hortelã grosseiramente picadas. Juntei ainda flor de sal e um fio de azeite e servi, decorada com um raminho de hortelã. Gostei muito desta salada como entrada.


terça-feira, 24 de julho de 2012

Quinta da Fata Encruzado 2010

Este Quinta da Fata é mais um dos vinhos de Encruzado do António Narciso e é bem capaz de ser o meu preferido. É um vinho austero e mineral que precisa de tempo em garrafa para se mostrar, mas que à mesa, brilha. E tem um preço muito simpático (a rondar os seis euros) que aparece como a cereja no topo do bolo. Belo vinho :) 


Acompanhei-o com um bacalhau à Conde da Guarda de que já tinha falado aqui.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

Polvo com Feijão Branco | Beyra Quartz 2011

Esta é uma feliz ligação, a do polvo com feijão branco. Coze-se o polvo e corta-se em pedaços, reservando-se a água da cozedura. Leva-se um tacho de fundo grosso ao lume com uma cebola cortada em rodelas finas, uns dentes de alho esmagados, uma malagueta seca, pimenta a gosto e uma folha de louro. Juntam-se também umas rodelas de chouriço e deixa-se refogar em lume médio. Junta-se então um pouco de polpa de tomate e um pouco da água de cozer o polvo. Deixa-se uns minutos e junta-se o feijão cozido e o polvo. Deixa-se em lume muito brando uns vinte minutos, findos os quais se desliga o lume e se junta um pouco de salsa picada para refrescar. Serve-se assim ou com arroz branco a acompanhar.


Liguei este polvo com um vinho de 2011, das beiras e de Rui Roboredo Madeira. Feito com Síria e Ponte Cal de vinhas plantadas a 700 metros de altitude, é fresco, muito fresco. Gostei muito. E custa cerca de € 5,00.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Quinta Mendes Pereira Encruzado 2010 | Frango com Ervilhas

"Feito essencialmente da casta Encruzado, este vinho apresenta uma óptima acidez, muita estrutura e volume, aroma fresco e frutado, que lhe permite acompanhar peixes, carnes leves, aperitivos e queijos."

Este é o texto do contra-rotulo deste Encruzado de 2010 feito na Quinta Mendes Pereira pelo António Narciso e que diz (quase) tudo acerca do vinho. Fino e elegante, com uma excelente aptidão gastronómica e boa longevidade, não é o Encruzado mais comunicativo do AN, mas bebe-se com evidente prazer. Belo vinho (PVP a rondar os 6 euros). 


Esteve muito bem a acompanhar um frango de capoeira estufado com ervilhas e batatas novas cozidas com pele.


Pão de Tomate Seco e Azeitonas Verdes

Este pão podia ter sido feito para a trilogia desta semana, não tivesse saído do forno com algum atraso. É daquelas coisas que se faz sem receita, porque a massa e as quantidades são a olho, ao gosto de cada um. 


Comprei um bocado de massa de pão na padaria. Piquei uns poucos de tomates secos e rodelei umas azeitonas verdes descaroçadas. Amassei a massa com um fio de azeite, os tomates e as azeitonas.


Levei ao forno num tabuleiro polvilhado com farinha e deixei cozer cerca de 20 minutos a 190º C. Servi :)



quarta-feira, 18 de julho de 2012

Tomate Recheado com Brie e Pasta de Azeitonas after JA | Casa Aranda Colheita 2010

Nesta trilogia nº 89, foi a vez do Luís sugerir o tema a mim e à Ana: tomate. E a minha proposta vem duma receita desarmantemente simples e deliciosa do José Avillez apresentada aqui.


Comecei por escolher quatro tomates, fiz um corte na base para se manterem de pé, abri uma tampa na outra extremidade e esvaziei-lhes o interior. 


Cortei queijo Brie em cubos e envolvi-os com pasta de azeitona verde e o interior do tomate.


Recheei os tomates com esta pasta. Depois piquei o miolo de uma fatia de pão duro e pus por cima dos tomates recheados.


Levei ao forno a 170º C durante doze minutos (até o pão ralado alourar ligeiramente) e servi com um fio de azeite e uma salada de alface.


A ligação do queijo com a pasta de azeitona e o pão ralado crocante é fantástica. Uma entrada simples, mas muito boa.


Para acompanhar estes tomates escolhi um vinho branco do Dão, o Casa Aranda colheita de 2010. Mais um vinho do António Narciso, feito com Malvasia Fina, Encruzado e Cerceal Branco. É o vinho mais barato da casa (custa cerca de quatro euros) mas ao preço, é excelente. Ligeiro fumado, boa acidez e mineralidade, está um vinho para a mesa, com excelente aptidão gastronómica. Fiquei fã. 


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Bolo de Amêndoa e Chila



Este é um bolo simples inspirado na doçaria tradicional conventual. Nada mau para sobremesa :)



trezentos grama de miolo de amêndoa
trezentos grama de açúcar
três colheres de sobremesa de farinha de trigo
meia chávena de chá de doce de chila
quatro ovos
oito gemas de ovo
meia colher de chá de canela em pó
manteiga e farinha para a forma 
açúcar em pó para polvilhar


Escaldam-se as amêndoas, pelam-se e picam-se. Leva-se um tacho ao lume com cerca de cento e cinquenta mililitros de água, junta-se o açúcar e mexe-se até obter um ponto de pasta. Mistura-se a amêndoa e deixa-se apurar um pouco. Retira-se do lume e deixa-se amornar. Juntam-se então os ovos, as gemas e o doce de chila e mexe-se até obter uma mistura homogénea. Polvilha-se com a canela e junta-se a farinha, envolvendo sem bater. Deita-se o preparado numa forma untada com manteiga e polvilhada com farinha e leva-se ao forno médio (cerca de 170º C) até cozer, o que levará uns vinte minutos a meia hora. Desenforma-se, polvilha-se com o açúcar em pó e serve-se. 



quinta-feira, 12 de julho de 2012

Quinta da Fata Touriga Nacional 2009 | Frango Estufado

Mais um vinho do António Narciso, feito a partir das uvas de Touriga Nacional da Quinta da Fata. Não é um vinho fácil e duvido que ganhasse um daqueles concursos internacionais onde os elementos do júri enfiam o nariz em cinco copos por minuto e depois cospem que há que ir ao próximo lote de vinhos. É um vinho que precisa de tempo e acima de tudo, de comida, para se mostrar. Mas depois de arejado e com comida por perto, mostra o vinhão que é! Terroso e mineral, longevo, contido mas com uma bela estrutura, é um vinho imperdível. E como não vem de uma região da moda, custa cerca € 20,00. Sou fã.  



Acompanhei-o com um frango estufado com feijão verde, cenoura e pleorotus e umas batatas cozidas.



Conde de Vimioso Rosé 2011

O Conde de Vimioso Rosé é a proposta da Falua de João Portugal Ramos para um vinho de verão, fácil de beber e barato como se gosta. Feito de Touriga Nacional e Syrah, está fresco e agradável e custa € 2,49 no supermercado. Gosto muito deste vinho, como já tinha referido aqui. É preciso mais?


Acompanhei o vinho com umas postas de pescada cozidas com legumes e temperadas com azeite Romeu. Boa ligação (para mim).


(vinho oferecido pelo produtor)

Bágeiras, Condessa de Santar, Inconnu, Gaivosa e Calém

Jantar recente, com um espumante da Bairrada e um branco de topo do Dão, antes de se rumar ao Douro para um tinto e um fortificado.


Um quinta da Gaivosa de 1999 foi à ultima hora substituído por um Inconnu da Fonte do Gonçalvinho e por um outro da Gaivosa, aqui o Vinha de Lordelo 2005. Os vinhos foram metidos à temperatura correcta e devidamente arejados. 

No início do jantar, abriu-se o espumante bruto natural rosé de 2010 da Quinta das Bágeiras. Ao contrário do espumante branco de que tinha falado aqui e que pede comida, este bebe-se bem a solo, embora seja um vinho com uma excelente aptidão gastronómica. Ainda acompanhou nas entradas, tábua de queijo, paté e uns folhados de alheira. Belo espumante, a um preço muito cordato (cerca de € 5,00). Em seguida, abriu-se o Condessa de Santar 2010, um topo do Dão, muito bem feito, com boa capacidade de guarda, etc. É um dos melhores brancos portugueses, mesmo que não se goste muito daquela madeira. Não é barato (€ 25,00 na garrafeira e € 19,00 na loja da Quinta do Encontro - já lá tinha comprado o de 2008 a treze como referido aqui, logo, subiram os preços) mas é muito bom.      


Depois das entradas, hora de ir ao prato principal e aos tintos. Lombinho de vitela mirandesa com molho de inspiração mirandesa, parecido com este e as mandatórias batatas a murro.



Carne no ponto, dourada por fora e bem rosada e suculenta por dentro. 



Nos vinhos, continuou-se no Dão. O Inconnu 2010 foi uma agradável surpresa. Feito pelo António Narciso na Quinta da Fonte do Gonçalvinho, faz parte de uma nova linha de vinhos, que incluem um varietal de Tinta Roriz e outro de Touriga Nacional. São três mil garrafas de um vinho que está para ir para o mercado (nesta data, ainda sem preço definido) e acerca do qual o enólogo nada diz. Está um vinho com muito interessante e que me fez lembrar um varietal de Alfrocheiro que provei há algum tempo. Muito boa fruta, não há cá baunilha da madeira, bebe-se muito bem, mas tem (muitas) pernas para andar. Belo vinho. A seguir, rumo ao Douro, abriu-se o Vinha de Lordelo 2005. Já tinha provado o 2003 (aqui) e o 2007 (aqui) e se o 2003 estava mais evoluído do que o esperado (ao fim de sete anos), este, com o mesmo tempo de garrafa estava glorioso. Exagerado em tudo, no corpo, no álcool, na concentração é também um vinho de filigrana, a mostrar do que as vinhas muito velhas do Douro quando sabiamente conduzidas, podem dar no que a vinhos diz respeito. Não é barato (cerca de € 45,00) mas há vinhos bem mais caros que não são tão bons. Para acompanhar a sobremesa ainda se abriu um Calem Tawny de 20 anos, mas que soube a pouco, depois deste Vinha de Lordelo.   


A sobremesa foram uns papos de anjo à moda de Mirandela, de que tinha falado aqui.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Fonte do Gonçalvinho Rosé 2010

Trilogia nº 88, com o verão como tema sugerido pela Ana a mim e ao Luís. E verão lembra grelhados, lembra saladas, lembra comidas leves. E essas comidas pedem vinhos frescos e com boa acidez. O verão é a época por excelência dos vinhos brancos e dos rosés. E escolhi um rosé feito no Dão pelo António Narciso. Touriga Nacional e Aragonês a comporem um vinho com bons aromas de morangos com boa acidez, com um baixo teor de álcool (12º) e com uma excelente aptidão gastronómica. É o Fonte do Gonçalvinho 2010 (em 2011 não se fez), vivo e pronto para aguentar mais algum tempo na garrafa e cheio de vontade de saltar para o copo. É muito bom e muito barato (menos de € 5,00) e foram feitas apenas 4.000 garrafas. Está um belo vinho de verão.   


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Variação sobre as Gambas al Ajillo

Sobre a receita das gambas al ajillo, deixo o link para este post do Avental que explica bem como se fazem. Também vi recentemente o chef (que raio de palavra) Henrique Sá Pessoa fazer umas bem interessantes (aqui). No entanto, a minha receita foi feita a partir destes deliciosos camarões da Ana, com as devidas adaptações. Descasquei uns camarões 30/40, deixando as cabeças. Fiz uma incisão nas costas dos camarões, para lhes retirar a tripa, mas estavam limpos, a denunciar que os camarões eram de aquacultura e que devem passar algum tempo sem comer antes de serem apanhados. Adiante. Temperei-os com um pouco de flor de sal e pimenta preta do almofariz.   


Deitei azeite numa frigideira e juntei-lhe três malaguetas secas partidas em pedaços. Quando o azeite estava bem quente, juntei os camarões e dois dentes de alho esmagados. Fritei rapidamente, retirei do lume e servi polvilhado com coentros grosseiramente picados.


Simples de fazer e muito delicioso.


Para acompanhar prescindi da mandatória cerveja e experimentei o Quinta de Porrais branco 2011, um vinho branco do Douro feito pelo Francisco Olazabal (Vale Meão, Vallado). Um branco fresco e vivo, com boa acidez, sem dúvida, uma das melhores propostas ao preço (a rondar os 5 €). Gostei muito.


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Frango Estufado em Vinho Tinto | Conde de Ervideira Reserva 2010

Nesta trilogia nº 87, coube-me a mim dar o mote à Ana e ao Luís. E por oposição ao da semana passada, esta semana o tema é: provável. E mais que provável é a boa ligação dum estufado de frango em vinho tinto com... um vinho tinto.  


Cortei um frango caseiro em pedaços e salteei-os em azeite, num tacho. Juntei uma cebola picada, pimenta preta do almofariz, uma folha de louro e um dente de alho esmagado. Deixei uns minutos em lume médio e juntei um pouco de polpa de tomate. Mais uns minutos e cobri o frango com vinho tinto. Baixei o lume para o mínimo e deixei estufar durante uma hora (depende naturalmente do frango). Acompanhei com batatas cozidas com pele e feijão verde. O vinho escolhido era mais que provável que ligasse bem: Conde D' Ervideira Reserva Tinto 2010. Feito com Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon e estagiado em madeira. Bom o equilíbrio entre a fruta e as notas da madeira, com bom corpo e frescura qb, está um alentejano do qual é quase impossível não gostar. Boa nota para a aptidão gastronómica. O preço a rondar os dez euros parece correcto.     



segunda-feira, 2 de julho de 2012

Pequenos Rebentos Alvarinho 2011

Depois do Pequenos Rebentos de Edição limitada de 2010 de que tinha dado nota aqui, o enólogo Márcio Lopes lançou agora 5.000 garrafas deste Alvarinho da colheita de 2011. Está um Alvarinho bem afinado, fresco e com boa acidez, que se bebe com muito prazer. 

"Na minha opinião este Alvarinho concentra o vegetal da película, a intensidade de aromas, o equilíbrio e ao mesmo tempo o lado delicado desta casta." - palavras do produtor. Assino por baixo. Custa cerca de € 7,50, tendo por isso uma boa relação qualidade/preço.



Acompanhei-o bem com uma caldeirada de bacalhau.


(nota: vinho oferecido pelo produtor)