segunda-feira, 11 de julho de 2011

Dão Primores ou os Primores do Dão e do Douro @ Solar do Vinho do Dão


Nova edição dos primores do Dão e do Douro. Alguns produtores presentes, outros ausentes, pouco Douro.




A armada de António Narciso. Fonte do Gonçalvinho, Quinta das Marias, Quinta do Sobral, Quinta da Fata, Barão de Nelas e Quinta Mendes Pereira.


Quinta do Cerrado.

Provaram-se primeiro os brancos. Destaque para os Encruzados 2010 da Quinta das Marias e da Fata, com o Primus da Pellada 2007 de Álvaro de Castro que, não sendo nenhuma novidade, brilhou. Grande vinho, é pena ter um preço a condizer (cerca de € 32,00). Nos tintos, sobressairam as novidades de Álvaro de Castro e de Manuel Vieira que se levaram para a mesa do almoço. 


Álvaro de Castro e Manuel Vieira, antes do almoço.


Já ao almoço, Álvaro de Castro, Manuel Vieira e o António Madeira, que também levou o resultado das suas primeiras experiências para prova. 


Do outro lado da mesa, João Tavares de Pina e a única representante do Douro, a Fátima Ribas, Enóloga da Quinta do Infantado.


Tintos do Álvaro de Castro. H2O, de Baga e Touriga Nacional, Pi de Pinot Noir e TN100, de Touriga Nacional de uma vinha com 100 anos e outra com 120. 


O almoço era rancho à moda de Viseu que cumpriu e ajudou a confirmar que os vinhos do Dão pedem mesa e calma para serem provados.


Mais Álvaro de Castro, com o TN2010 e o premiado Pedra Cancela de 2009, do João Paulo Gouveia. Do 2010, nem rasto...


Mais um "intruso" do Douro (a par do Quinta do Infantado 2010), o António Lopes Ribeiro 2009, do ALR da Casa de Mouraz. Dos vinhos de Manuel Vieira não há fotos postáveis, mas eram  um Alfrocheiro, um Touriga Nacional e um Tinta Roriz, todos de 2010 e dos Carvalhais.


Fim de almoço, com alguns a levarem para casa os "despojos de guerra".


Os vinhos foram sendo provados, re-provados, objecto de conversa. Por mim fiquei siderado com os vinhos do Álvaro de Castro. O TN100 é um tourigo hiper concentrado que é capaz de integrar o lote do Carrocel. Um vinho fantástico. Fiquei fã do H2O, que é bem capaz de ser o PaPe 2010. O Pi se for engarrafado a solo é bem capaz de vir a ser o melhor Pinot Noir feito em terras Lusas. Destaque também para o Alfrocheiro dos Carvalhais. Austero e guloso ao mesmo tempo, elegante e potente, é um vinho a merecer ser seguido com muita atenção. O tourigo também em muito bom nível, como se espera e o Tinta Roriz a demonstrar que no Dão nem só a Touriga reina. Excelentes também os Tourigas da Fata e o Pedra Cancela. Seguros e bem feitos, os vinhos da Casa de Mouraz.  


Para acabar o almoço em grande, um LBV 2007 da Quinta do Infantado. Menos carnudo e mais elegante que em edições anteriores, está uma delícia de vinho. Excelente para fim de refeição mas não deve virar a cara a um bife com pimenta ou uma posta como se faz em Miranda do Douro.  

1 comentário:

  1. Um dia muito bem passado e em boa companhia. Fiquei apenas surpreendido pela pouca adesão quer de produtores durienses quer do público enófilo, ou simplesmente, consumidores de vinho!
    Toda a gente se queixa da escassez de eventos deste género, mas quando surgem, são mais as esquivas que as presenças!

    Falando dos vinhos, estou cada vez mais fã do Dão... e como até tenho alguma paciência para esperar por um vinho, acho que esta região continua a fazer coisas que vão de encontro a este perfil!
    De salientar que os Encruzados de 2010 estavam TODOS FANTÁSTICOS, e dos que provei, nenhum convergiu no perfil! Cada um tem uma personalidade própria que me deixou seduzido! Gostei muito do Quinta da Fata Encruzado 2010...

    O Primus 2007 faz-nos ter pensamentos pecaminosos (do tipo: dar a martelada no porquinho mealheiro e comprar umas quantas garrafas para ir amenizando os anos de crise que ainda suspeito que virão...)

    No geral provei BONS VINHOS... Vinhos com muito carácter!

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