terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Campolargo Pinot Noir 2008 | Cozido

Manuel dos Santos Campolargo tem cerca de 170 ha de Vinha na Bairrada, uma adega construida em 2004 e muitos vinhos. Calda Bordalesa, CaTchorro, Contra a Corrente, Pinote, Diga? ou Vinha do Putto são alguns exemplos da sua oferta vínica. E o vinho que tem o seu nome, normalmente feito (exclusiva ou maioritariamente) de Pinot Noir, na edição de 2008 aparece desdobrado em três tintos, o Pinot Noir, o Baga e o CC (Cabernet Sauvignon e Castelão Nacional). E neste Campolargo Pinot Noir, algumas coisas mudaram e agora a casta aparece no rótulo. O preço também mudou e passou dos cerca de € 25,00 a garrafa para uns mais cordatos € 9,98 na campanha "Vinhos Seleccionados de Portugal", que o Pingo Doce leva a cabo este mês de Fevereiro. Quanto à qualidade, uns robustos 17,5 valores no guia Vinhos de Portugal 2011 do JPM atestam-na, o que torna este vinho (IMHO) numa das melhores compras dessa campanha do PD. 100% Pinot Noir, pouco carregado na cor, mas cheio de boas notas de frutos vermelhos. Madeira qb, bem integrada num corpo médio. Final longo e elegante. De destacar algum cuidado com a temperatura de serviço, já que os 15º de álcool facilmente se mostram. Por mim, preferi guardar a garrafa no frigorífico, decantei o vinho e deixei-o no frio. Retirei-o uma hora antes de servir e servi-o entre os 15 e os 16º C. É um vinho muito elegante e com elevada aptidão gastronómica, a merecer prova. Dos (poucos) vinhos feitos em Portugal com Pinot Noir, este, se não fôr o melhor, andará muito perto.
   


O prato que escolhi para provar este vinho foi um cozido. Feito apenas com carnes de porco (pernil, barriga fumada, chouriço e morcela), como o Cozido do Cristão Velho transmontano e batata, batata doce, nabo, cenoura, couve lombarda e grão de bico. Para se fazer um bom cozido, só são precisos ingredientes de boa qualidade, mormente os enchidos e bons legumes. Água e alguma atenção aos tempos de cozedura (diferentes para todos os ingredientes) para não comprometer o resultado final. Um arroz feito com o caldo de cozer as carnes é mandatório.   


Por mim, prescindi do arroz e confortei-me com uma "sopa de cozido" no dia seguinte, com o caldo a aparecer mais concentrado e saboroso. Uma delícia.  

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