sexta-feira, 29 de maio de 2009

Quinta de Sardonia 2003

Há coisas estranhas no mundo do vinho. Bastariam mais uns metros, uma escassa centena de metros, para que os vinhos Quinta Sardonia assentassem arraiais dentro dos limites da denominação Ribera del Duero. Claro, comercialmente o nome seria muito mais sonante que Vino de la Tierra de Castilla y León, nome vago e sem apelo sem história e sem brilho. Mas então, o que fazer quando os vinte hectares da Quinta Sardonia, embora fora da denominação, provaram ser francamente superiores aos terrenos adjacentes, esses sim com direito à denominação de origem? Optar pela denominação mais segura e prestigiada, apesar dos solos abertamente inferiores, ou, arrojadamente, esquecer as sentenças comerciais e optar pelo melhor terroir? A decisão, como bem se vê, apesar de difícil, foi mais que acertada!

Mas também, o que esperar de um grupo de nove amigos loucos pelo vinho, autênticos freaks do vinho, um grupo misto de fanáticos e visionários, ansiosos por criar um dos grandes vinhos de Espanha? Não olharam, nem olham, a meios, e nunca cederam perante qualquer contrariedade. Move-os o coração e a ilusão de fazer um vinho monumental, as ganas de mostrar que a opção de escolha pelo terroir foi acertada. Não deixaram nada ao acaso. Começaram logo por arregimentar o ultra famoso Peter Sisseck, o maestro mágico de Pingus, acompanhado a tempo inteiro pelo jovem enólogo francês, Jerome Bougnaud. Completaram um estudo geológico exaustivo de cada parcela, estudo que lhes reservou surpresas inimagináveis. Identificaram onze tipos de solos, todos únicos, que deram génese a sete castas, plantadas entre os 700 e os 800 metros de altitude, a meros 400 metros do rio Douro. Gastaram muito dinheiro na vinha e muito pouco no embelezamento da adega, moderna e funcional, mas austera e sem excentricidades.
(retirado daqui)

O vinho espanhol Quinta Sardonia 2003 ganhou em 2005 no Pinhão, Alijó, a Prova dos Dois Douros, uma iniciativa que pretende eleger os melhores tintos portugueses e espanhóis produzidos nas margens do rio Douro.
A Prova dos Dois Douros, organizada pela publicação portuguesa Revista de Vinhos e a revista espanhola Sobremesa, tem como objectivo a eleição, mediante uma prova cega, dos melhores vinhos tintos produzidos na região do Douro.
Nesta segunda edição do evento, o vencedor foi o vinho espanhol Quinta Sardonia 200, ficando em segundo lugar os vinhos português Pintas 2003 e espanhol Aalto P.S 2001.
Os portugueses Quinta do Vallado Reserva 2003 (Portugal) e Lavradores de Feitoria Grande Escolha 2003 conquistaram o terceiro lugar entre os 30 vinhos participantes nesta prova, designadamente 15 portugueses e 15 espanhóis.
Os vinhos participantes foram escolhidos pelas redacções de ambas as revistas, tal como o júri da competição, constituído por cinco elementos de Espanha e cinco de Portugal.
A edição 2005 da Prova dos Dois Vinhos Douros realiza-se pela segunda vez consecutiva, depois de uma primeira edição que decorreu na cidade espanhola de Tordesilhas.
(retirado daqui)






From Spain, with love... e a valer os € 55,00 que paguei. Nota pessoal: 18,5

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